Te olho nos olhos


Poema de Ana Carolina, o qual me identifico demais, cada palavra declamada é como se eu as estivesse escrito, até a entonação usada é apropriada para o momento que passo agora...
"Te olho nos olhos e você reclama
que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade
de me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias
dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
te olhando profundamente."
 

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