Não poder te ter, dói.
Dor que não quer passar, que ninguém além de mim sente.
Essa dor que insiste a ficar em mim.
Ela deve me amar, só pode! Para poder existir em mim assim.
Dor. Dor. Sufoca-me o peito, falta-me o ar...
Observando bem, falta-me tudo,
o chão, o sorriso, a calma, a paz, o mundo.
Queria cessá-la, mas só há uma única maneira de fazê-la ir: Você vir.
Outra forma não há, também se houver, não a quero;
só preciso e me agarro a essa única maneira.
Consigo acalmá-la, mas para isso tenho que pensar em ti.
Não apenas pensar por pensar,
e sim materializar-te em meus pensamentos.
Isso a abranda...
Porém você não sai da minha cabeça e me deixa confusa.
Eu tento me ocupar para que eu não pense, mas aí vem a dor...
Queria ficar em estado neutro.
Será isso paixão, amor, atração, loucura?
Talvez um intervalo disso tudo.
Não consido dar um único nome...
Ou talvez não aceite esse único nome.
O simples fato de você existir me deixa feliz
e já supera a tristeza de não poder dizer-te o que sinto.
A dor por não tocá-lo, por não acariciar sua pele, suas mãos...
Olhar em teus olhos, inebriantes olhos, que sei que cessariam essa dor.
Dor de não poder te ter.
