Pretérito imperfeito do modo subjuntivo...
Nós não passamos disso, talvez cheguemos a ser mais que isso.
Desolação é o que me resta agora,
encarar a realidade de que tudo não passou de uma fantasia
e ilusão de meu coração.
Esquecer, eu não creio que seja possível.
Não consegui apagar nada, mas mudei tudo de lugar.
Revirei tudo, e tudo ficou de pernas para o ar.
Melhor assim.
Só há um tempo em que é fundamental despertar.
E esse tempo é agora.
Acordar para a vida e viver da realidade é menos imbecil
do que continuar nessa esperança vaga desse pretérito imperfeito
que não se permite conjugar de outra maneira.
Como seria agradável ao meu peito conjugarmo-nos no presente,
ou quiçá num futuro do presente.
Poderia até desenvolver um novo modo e tempo verbal:
futuro mais que perfeito. Sim, imaginei esse futuro.
Mas a realidade é cruel, árdua e não
sente dó em mostrar verdades inconvenientes.
Não saímos do pretérito imperfeito.
Triste...
Mas o passado está sempre conosco
apenas esperando para bagunçar o presente.
